sexta-feira, 19 de abril de 2013

CONCLUSÃO


Durou  pouco tempo, mas influenciou o movimento francês da art nouveau e é considerado como uma das raízes do modernismo no design, desenho industrial e arquitetura.Foi uma importante influência para o surgimento da Escola Bauhaus, que assim como os ingleses do século 19, também acreditavam que o ensino e a produção do design deveria ser estruturado em pequenas comunidades de artesãos-artistas, de forma ampla, a Bauhaus herda a reação gerada no movimento de Morris contra a produtividade anônima dos objetos da revolução industrial. O movimento teve um único pecado que foi de não conseguir conciliar o artesanal a produção industrial, mas, de qualquer forma, abriu caminho. 

PRINCIPAIS REPRESENTANTES

John Ruskin ( 1819- 1900) - Foi um escritor mais lembrado por seu trabalho como crítico de arte e crítico social britânico. Foi também poeta e desenhista. Muito conhecido pelos seus estudos monumentais acerca da arquitetura e das suas implicações sociais e históricas. A sua importância no movimento Arts and Crafts  tem a ver com a difusão das suas ideias e da construção da teoria em que assenta. Defendia que uma arte mais virada para o campo e para a natureza seria muito melhor, tanto para o homem como para a natureza, e que esta teria menos implicações na paisagem e na nossa visão.


“Podemos viver sem a arquitetura de uma época, mas não podemos recordá-la sem a sua presença. Podemos saber mais da Grécia e de sua cultura pelos seus destroços do que pela poesia e pela história.'' - O livro The Darkening Glass (Columbia UP, 1960) é tido como a “obra definitiva sobre Ruskin no século XX”, escrita pelo professor de Columbia John D. Rosenberg, acompanhado de sua antologia de Ruskin, The Genius of John Ruskin.



Algumas de suas obras:








William Morris (1834-96) - O criador do movimento Arts and Craftsescritor, pintor e designer, era crítico às tendências de sua época, à produção industrial em série, à frieza do ferro, ao cotidiano racional das metrópoles e principalmente ao distanciamento entre o trabalhador e o resultado do seu trabalho. O resultado dessa reflexão é o que dá nome ao estilo, que em bom português significa "Artes e Ofícios". 
Juntamente com o arquiteto Philiph Webb fundaram a marca Morris e Arquitetos com produtos artesanais de alta qualidade que conquistou e fez grande sucesso entre a burguesia; os mobiliários, têxteis e objetos apresentavam características góticas e foram influenciadas pelas idéias românticas de John Ruskin.




William Morris tinha a intenção de que era possível a produção de objetos funcionais, produzidos manualmente, que apesar de sua simplicidade ainda mantinham a qualidade necessária para que se tornassem totalmente usuais e necessários.



Algumas obras:






Philiph Webb (1831,1915) Arquiteto, Designer de Móveis, Designer Têxtil, Vitralista. Mais conhecido por pai do movimento Arts and Crafts de Arquitetura.
Ele é especialmente conhecido como o criador do Red House, para William Morris, e - no final de sua carreira - a casa Standen. Estes foram os vários trabalhos em seu nicho: casas de campo.


obras:




















PALETA DE CORES E FORMAS



As cores na sua maioria era sóbrias, tons terrosos eram os mais usados.
Formas orgânicas, remetendo a natureza.



As cores mais variadas eram nas estampas.


quinta-feira, 18 de abril de 2013

LINGUAGEM VISUAL


Caracterizou se pela:

- Simplicidade vs. complexidade no ornamento,
- Sistema de grêmios vs. Sistema Industrial,
- Artesanal vs. Indutrial.

Uma das características mais marcantes do Arts and Crafts é a lareira na sala de estar, praticamente em todos os projetos ela está presente. Normalmente feita de tijolo ou de pedra tem a função de criar um ambiente aconchegante, propício para receber convidados e familiares.




O uso da lareira na sala de estar que é separada da sala de jantar por portas no estilo francês, também muito utilizadas no Arts and Crafts.
Assim como as lareiras, os móveis embutidos eram quase que obrigatórios em uma construção típica do movimento. Armários, bancos, cristaleiras, todo tipo de mobiliário podia ser construído dessa forma, e sempre em madeira que conferia ao projeto o tom mais rústico, artesanal do período.








O tom sempre mais escuro, lembrando madeira, das pinturas e papéis de parede era intencional, uma vez que o Arts and Crafts tinha a intenção de representar os tons naturais da terra.



Tudo deveria ser feito artesanalmente e com o máximo de detalhes possíveis.


Detalhes: os vitrais e pinturas nas paredes, eram verdadeiras obras de arte, era o diferencial dos ambientes que sempre tinham uma planta ou flor natural como ornamento, reforçando a ideia da natureza presente dentro de casa.



Como pode-se observar, os móveis, eram em madeira feitos artesanalmente mantendo o estilo rústico e natural. Nos estofados eram utilizadas as estampas características do movimento, com elementos da natureza, como os desenhos de Morris.





Além  dos móveis em madeira, podemos observar que na maioria das vezes, os estofados eram revestidos com tecido estampado. 




Arts and Crafts, continua sendo além de um estilo, uma filosofia. É possível observar uma mescla do estilo medieval em ambientes modernos, os móveis do Arts and Crafts combinam com ambientes atuais, criando uma atmosfera agradável e confortável.

TECNOLOGIA E MATERIAIS

Os princípios básicos  para o funcionamento da Arts and Crafts foram:

- Princípio da técnica com uso da ferramenta;
- Princípio do material com qualidade e magnitude;
- Princípio da função pelo uso do material;
- Princípio da composição pela elaboração do design.


O estilo desenvolvido é facilmente reconhecível, uma vez que ele tenha se tornado referência comum a todos, como no design de livros infantis clássicos e diagramação de outros tipos de textos antigos, embora seus elementos dificilmente façam parte do cotidiano moderno. A priorização do acabamento artesanal, do detalhamento, dos desenhos e o uso de cores que remetem á natureza, junto a valorização da técnica, do material usado, do processo de criação e uso final do produto são as características que fazem do Arts and Crafts um estilo que marcou uma época e tornou-se referência histórica e ideológica.

Mas o gosto pelos objetos Arts and Crafts cresceu e se estendeu na Alemanha e nos Estados Unidos onde se publicaram revistas especializadas que atingiam um grande público.











CONTEXTO HISTÓRICO



Foi um movimento estético inglês, do século XIX, o movimento surgiu depois da realização da “Grande Exposição dos Trabalhos da Indústria de todas as Nações”, ou “Grande Exposição”, como é mais conhecida, realizada em 1º/5/1851, em Londres. Esta foi à primeira exposição internacional da indústria e é considerado o primeiro fórum internacional do mundo moderno.



Uma data que ficará na História por ser a primeira exposição internacional de indústria. No dizer empolgado de Gibbs-Smith: “Pela primeira vez na história do mundo, os homens das Artes, Ciência e Comércio foram autorizados pelos seus respectivos governos a reunir-se para discutirem e promoverem os objetivos para os quais as nações civilizadas existem”.

Contudo: a exposição foi um sucesso, mas a apresentação dos objetos industriais um fracasso, tanto em gosto, quanto em qualidade. Na crítica e na rejeição a este tipo de produção industrial é que está a origem do movimento Arts and Crafts.

IDEOLOGIA



O movimento defendia o artesanato como alternativa à mecanização e à produção em massa industrial. Queria acabar com a distinção entre artesão e artista.

Surgem, assim, associações de artistas que defendem os fins sociais da arte e que se propõem trabalhar em conjunto a fim de encontrar meios de produção e apresentação de objetos originais executados manualmente, pois acreditavam que a Industria poderia extingui-los. 








quarta-feira, 17 de abril de 2013

INTRODUÇÃO


Este blog irá aprofundar conhecimentos sobre o movimento Arts & Crafts. Esse movimento se iniciou na Europa num período próximo á segunda metade do século XIX. Devido ao seu variado e forte fundamento teórico, que inclui discussões de grandes nomes como William Morris e John Ruskin (pioneiros do movimento), os ideais desse movimento se espalharam pelo mundo, com destaque na Grã-Bretanha.
O “Arts & Crafts” questionava a revolução industrial, que diminuía a qualidade dos produtos além de desvalorizar muito os artesões pela sua produção em grande escala. Os teóricos deste movimento criticavam a artificialidade, a falsificação da arte, a frieza das construções produzidas em série, que não apresentavam o seu diferencial, o seu valor próprio. Criticavam esses objetos apontando o que eles expressavam na cultura das pessoas. Apesar de durar pouco, o movimento reformista concretizou a ideia do equilíbrio do homem e da indústria, tanto ao que se refere à arte, a arquitetura, ao design e a sociedade.